Análises

Beyond Good & Evil 20th Anniversary Edition – uma pérola

Um louvável esforço da Ubisoft para apresentar o seu clássico de culto na melhor forma possível. Identificas facilmente a sua idade através de alguns elementos do design e gameplay, o que pode servir como crítica, mas muito mais como elogio. Beyond Good & Evil 20th Anniversary Edition chegou para remediar um dos meus “crimes” como gamer. Certamente tens o teu, um qualquer jogo que deixaste escapar, que até hoje ficas a pensar nele e como o deixaste escapar. Graças a este esforço, que frequentemente vai além do que esperas de um remaster ou de uma edição de aniversário, consegui resolver um dos meus maiores crimes. Beyond Good & Evil foi lançado em 2003 como um ambicioso jogo imaginado por Michel Ancel (criador de Rayman), que imaginou um título de ação e aventura, num novo universo, no qual os jogadores desfrutariam de enorme liberdade e de uma história com impacto, como raramente visto naquela altura da indústria dos videojogos. Liderada por Ancel, a equipa criou uma experiência na terceira pessoa com diversas facetas. Tens combate, puzzles, momentos stealth, um forte foco na narrativa e personagens, e apesar da linearidade geral, existe a oportunidade para explorar uma área aberta. É fácil olhar para esta Beyond Good & Evil 20th Anniversary Edition e sentir que na altura foi realmente algo muito ambicioso e especial. O melhor efeito que esta edição consegue transmitir é fazer-te sentir que estás perante um jogo da segunda fase da era 3D dos videojogos, mas ainda assim atualizado ao máximo possível sem comprometer a sua integridade. É muito mais do que um remaster competente, é um trabalho bem feito e com imenso carinho. A correr a 4K sem problemas de desempenho e com as melhorias na imagem, desfrutas do jogo como se tivesse ficado congelado no tempo | Image credit: Ubisoft/Eurogamer Portugal Ação e aventura Beyond Good & Evil é das experiências mais cinematográficas desenvolvidas no início dos anos 2000, quando as consolas já eram construídas a pensar especialmente na crescente ambição dos designs 3D, na qual a jovem Jade tenta sobreviver no planeta Hillys, debaixo do ataque dos invasores DomZ. Jade terá de colaborar com a IRIS, a resistência, para provar que a ditadura militar que tomou conta do planeta não age no melhor interesse dos habitantes, o que te leva numa série de missões de infiltração para tirar fotos e mostrar ao povo a verdade. O forte foco na narrativa e nas personagens, mesmo com as limitações daquela era, é perceptível mesmo após 20 anos. As melhorias gráficas em Beyond Good & Evil 20th Anniversary Edition ajudam neste teste do tempo, mas facilmente percebes os méritos do que foi feito na sua respectiva era. É uma experiência cinematográfica de diversas facetas, com uma narrativa interessante, que te faz sentir interesse em Jade, Pey’j (o porco que é o seu melhor amigo) e nas crianças do farol que ambos tentam proteger neste momento tão perigoso em Hillys. Beyond Good & Evil 20th Anniversary Edition Estúdio: Ubisoft Editora: Ubisoft Plataforma onde o jogámos: PS5 Disponível para: PS5, PS4, PC, Nintendo Switch, Xbox Series, Xbox One Beyond Good & Evil consegue mostrar-se especialmente majestoso ao apresentar-te um gameplay rico e variado em apenas 10 horas de jogo. Enquanto jogo 3D linear com zonas nas quais podes movimentar a câmara (algo banal hoje em dia, mas ainda experimental na altura), a Ubisoft desenhou ainda zonas de grande escala e uma zona aberta na qual podes navegar com o barco criado por Pey’j. Ainda hoje é impressionante ver o que conseguiram fazer na altura e nem mesmo a fragmentação do design por zonas separadas por loadings lhe tira o brilho. Quando chegas aos locais, tens de combater criaturas (algo que foi melhorado com as otimizações nos controlos), colaborar com outras personagens em diversos momentos (seja para combater ou abrir caminho nos níveis), tens puzzles simples, mas engenhosos, para resolver, fotos para tirar (fotografias a animais ajudam-te a obter recompensas), e tens até momentos furtivos. Existem vários momentos espetaculares nos quais tens de navegar pelas salas sem ser visto, atento às rotas dos guardas, o que torna estes segmentos numa espécie de puzzles. Além disso, Beyond Good & Evil está repleto de atividades extra (mesmo que muitas sejam obrigatórias para obter as Pérolas) para aumentar o tempo de jogo, algumas delas divertidas e desafiantes como as corridas ou as perseguições aos saqueadores. De certa forma, este trabalho faz-me sentir que Ancel começou a dar forma ao que anos depois e atualmente é visto como experiência padrão. A necessidade de perseguir pérolas para progredir na narrativa não é dos elementos mais divertidos da experiência, mas só desta forma tens acesso a alguns dos melhores puzzles e desafios, como os armazéns da “Alpha Section”, a ditadura militar que controla o planeta.

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Luigi’s Mansion 2 HD – Review – Actividade paranormal

Uma melhor resolução, reforço da luminosidade e dos comandos resultam num salto qualitativo de Luigi’s Mansion 2 para a Switch como jogo portátil. A ausência do segundo ecrã é sentida, o efeito 3D nem tanto, enquanto que o corpo da experiência transita sem novos desenvolvimentos. Ainda com Luigi’s Mansion 3 na retina, lançado em 2019 na Nintendo Switch, recebemos Luigi’s Mansion 2 HD, o remaster de Luigi’s Mansion 2 Dark Moon, título originalmente editado na 3DS em 2013. Na altura, Dark Moon veio pôr termo a uma ausência de pouco mais de dez anos da série. O original da GameCube (2001) ainda é um jogo marcante e assinalável, a partir do qual as sequelas souberam explorar e desenvolver esse aprisionamento de fantasmas fabricado pela Nintendo. Se o jogo da 128 bits é curto mas simultaneamente diferenciador de um Super Mario, o que o tempo demonstrou é que no “outsorcing” da Nintendo para com outros estúdios (neste caso a Next Level Games) não se perdeu o tratamento adequado. A verter uma jogabilidade que incorpora elementos de acção, puzzles e exploração no interior de mansões e torres assombradas, Luigi assume as rédeas da acção como protagonista que não se coíbe a uns sustos de morte, ao mesmo tempo que não quebra a espinha quando enfrenta os luminosos e poderosos seres fantasmagóricos, aprisionando-os na sua engenhoca cujo poder de sucção é a arma mais forte. O estúdio Next Level Games soube erigir com mestria este medir de forças e se hoje reina na Nintendo a confiança neste modelo de “Caça Fantasmas, muito se deve ao estúdio canadiano. Image credit: Nintendo Foi um tanto especial jogar Luigi’s Mansion 2 Dark Moon na Nintendo 3DS. As capacidades da consola foram exploradas até ao limite. Graficamente é um jogo que vive muito de contrastes e de um forte impacto da luminosidade, ao mesmo tempo que a renderização dos elementos em 3D e dos espectros em movimento imprimem um rápido desenvolvimento da acção. Ao mesmo tempo, o ecrã inferior da 3DS serviu para revelar os mapas e conduzir mais facilmente o jogador por entre os vários pisos das mansões. Com algum “backtrack” à mistura e a necessidade de ligar o fio à meada, o segundo ecrã da consola é facilitador da tarefa. A análise ao jogo da 3DS pode ser lida por aqui. Luigi’s Mansion 2 HD – remaster ou remake? Jogar Luigi’s Mansion 2 HD numa Switch é superior a jogar numa 3DS. Essa perda de exclusividade é benéfica desde logo na troca por um ecrã maior e de melhor resolução. Além disso, sendo um jogo com uma componente de acção, os botões mais espaçados e o “rumble” dos joy-con tornam a experiência mais orgânica e coerente por via das vibrações quando os fantasmas se aprestam a fazer das suas. Visualmente é um jogo mais próximo do grafismo de Luigi’s Mansion 3, com melhorias assinaláveis face a Dark Moon, especialmente a melhor resolução, ainda que corporalmente seja o mesmo jogo. É assim um remaster, que aprimora os visuais do original mas que mantém intacta a estrutura e o núcleo das mecânicas. Luigi’s Mansion 2 HD Estúdio: Next Level Games Editora: Nintendo Plataforma onde o jogamos: Switch Disponível para: Switch Para quem gosta de: Luigi’s Mansion, Luigi’s Mansion 3 Sinto que a ausência de um segundo ecrã dedicado aos mapas das mansões não é favorável. Se era um dos pontos a favor da versão 3DS por estar sempre à mão bastando desviar o olhar para baixo enquanto controlava Luigi, aqui obriga a ter de pausar regularmente o jogo. É curioso verificar que o acessório que Luigi exibe e que lhe foi entregue pelo professor Anacleto Luado é precisamente uma DS. Teria sido mais engraçado, julgo, que nesta versão HD esse acessório fosse uma Nintendo Switch. Mas isto já é um pequeno detalhe.

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Shin Megami Tensei 5: Vengeance – Austeridade otimizada

Vengeance é a versão definitiva deste esforço da Atlus. Um JRPG que permanece incrivelmente exigente, com constantes armadilhas e cuidadosa gestão, mas com imensa novidade e refinamento geral que tornam muito mais gratificante explorar estes locais desolados. Shin Megami Tensei 5: Vengeance chegou como uma versão muito melhorada e expandida do jogo original, lançado em 2021 na Nintendo Switch, que refina de formas muito pertinentes essa agressiva experiência da Atlus. Ao longo dos últimos anos, a companhia conquistou maior sucesso com a série Persona (que deriva desta Shin Megami Tensei) devido a elementos como estilo, profundidade e gameplay, mas também porque foi afinada para exigir menos do jogador em termos de dificuldade. Agora, que tem uma maior audiência, a Atlus quer convidá-los para o castigo que os veteranos bem conhecem e adoram. Tal como na versão original, Vengeance mostra uma Atlus numa missão para equilibrar o preservar da identidade da série com concessões para se adaptar aos tempos atuais, mas vai ainda mais longe, sem jamais comprometer a essência da série. É percetível que a equipa estudou o feedback dos jogadores sobre o jogo e percebeu onde podia melhorar a experiência de jogo. O melhor de tudo é que o fez sem comprometer a essência da experiência, que continua a transmitir aquela sensação que se começas a cometer muitos erros na gestão da equipa, estás tramado. Shin Megami Tensei 5: Vengeance chega com o objetivo de expandir a história, existem agora duas rotas (a original e a nova) que inicialmente até podem ser muito similares, mas revelam grandes diferenças importantes em várias áreas. O melhor é mesmo jogar a nova rota (Vengeance) para desfrutar de um melhor jogo, uma vez que a Atlus se esforçou para melhorar ou introduzir novidades que tornam a narrativa mais compreensível. Além disso, existem novas personagens e eventos que tornam tudo ainda mais interessante. Shin Megami Tensei 5: Vengeance Estúdio: Atlus Editora: SEGA Plataforma onde o jogamos: Xbox Series X Disponível para: Nintendo Switch, PS5, PS4, Xbox One, Xbox Series e PC Com novas zonas, cenas, personagens, demónios, refinamentos e mecânicas extra, Shin Megami Tensei 5: Vengeance é facilmente superior ao original, mas a Atlus trabalhou para melhorar o desfrutar da experiência geral sem cortar na dificuldade, aqui não tens qualquer “hand-holding”. Permanece um JRPG por turnos “hardcore”, que vai exigir a tua total atenção, especialmente nas batalhas e tudo o que está relacionado com elas. A 4K e a 60fps, com os refinamentos na experiência, Vengeance é a versão definitiva de um JRPG que permanece difícil e exigente | Image credit: Atlus/Eurogamer Portugal Punitiva progressão estratégica Em Shin Megami Tensei 5: Vengeance, vais caminhar pelos mesmos locais desolados (graficamente permanecem simples e poucas melhorias exibem), mas existem novas criaturas (algumas delas humanas que se juntam à equipa), novas missões opcionais muito mais gratificantes de completar devido às recompensas, novas mecânicas para aproveitar melhor os espaços vazios, mas o principal permanece o sistema de combate. É por turnos e ao bom estilo de Atlus, focado em descobrir a fraqueza dos inimigos para os derrotar. No entanto, não te podes esquecer que tens de convencer os demónios a entrar para a tua equipa e as negociações, também foram expandidas, podem levar-te ao desespero. Para descobrir as fraquezas, entras num jogo de tentativa e erro, mas em Shin Megami Tensei 5: Vengeance os erros são caros, por isso tens de ter cautela e construir uma equipa com cuidado, gradualmente tentando convencer criaturas mais poderosas. Isto é importante pois precisas delas para a mecânica de fusão que permite obter criaturas com diversas combinações de elementos, muito útil para as batalhas mais intensas. O refinamento na experiência geral está presente em todas as facetas de Shin Megami Tensei 5: Vengeance, o mapa tem novos espaços aos quais podes aceder, a pequena fada que te acompanha revela mais segredos, existem mais missões opcionais que se tornam gratificantes com melhores recompensas, e agora podes gravar a qualquer momento, entre outros inúmeros exemplos, mas a essência é a mesma: austeridade. Não te adianta de nada entrar num ciclo de grind para subir o nível do protagonista e dos principais membros da equipa, sejam os novos humanos ou os demónios que já convenceste, tens de constantemente convencer outros demónios. Isto vai-te permitir expandir o leque de fusões possíveis, para obter novas criaturas e algumas muito poderosas, com combinações personalizadas de ataques de elemento ou buffs/debuffs para respeitar devidamente os preciosos 3 espaços adicionais que tens na tua equipa. Os bosses em particular vão-te castigar a sério e exigir respeito, exigir que te esforces para melhorar a equipa com novas fusões e combinações de ataques de elemento. Em nome do equilíbrio da experiência, não podes recrutar ou criar demónios de nível superior ao teu, o que te obriga a treinar. Isto não é problema pois o grind significa ganhar mais dinheiro, necessário para comprar itens de cura ou recuperar a vida aos membros da equipa que tombaram. Além disso, muitas criaturas pedem o precioso dinheiro (Macca) para entrar na equipa, por isso todos os elementos fazem parte de um ciclo estratégico de mecânicas que deves respeitar. Executar missões secundárias permanece obrigatório para ajudar a subir de nível. Diria que nem são opcionais, tendo em conta como foram melhoradas as recompensas, são obrigatórias. O melhor de tudo é sentir que apesar das novidades, das melhorias no design e conteúdo, e nos refinamentos de diversas mecânicas, nenhuma delas foi usada para tornar o jogo mais fácil.

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Monster Hunter Stories remaster – Aventura com monstros

Monster Hunter Stories remaster revela boas melhorias no desempenho, gráficos e interface, mas não esconde a origem humilde de um design com 8 anos pensado para uma portátil. Monster Hunter Stories foi criado pela Capcom para expandir a audiência da sua famosa série, um dos maiores sucessos no catálogo da companhia japonesa, capaz de ser jogado por jogadores mais jovens, que eventualmente podiam sentir-se curiosos com os jogos principais. É um RPG por turnos muito adorável, casual, que é novamente recrutado para esse efeito. Mais importante, ajuda a manter a série ativa enquanto esperamos pelo próximo grande prato principal, Monster Hunter: Wilds em 2025. É importante ter isso em conta, tal como é importante lembrar que estamos perante o remaster de um jogo Nintendo 3DS lançado no final de 2016. Os esforços da Capcom são dignos de elogios, mas não existem milagres, por isso conta com um design muito simples e fragmentado, pensado para uma portátil, com qualidade gráfica de origens muito humildes. A Capcom tratou o remaster com carinho, melhorou os gráficos, o desempenho, a interface e refinou a experiência geral, mas não deixa de ser um RPG casual e simples. A minha experiência anterior com este Monster Hunter Stories está na versão mobile, já superior à versão 3DS, mas este remaster torna-se facilmente na referência. Após jogar o remaster, não há como voltar às anteriores versões e se quiseres manter o formato portátil, a versão Switch resolve isso. Imaginado como um RPG de combates por turnos, Monster Hunter Stories é um jogo no qual não vais caçar os monstros tão famosos que caças nos jogos da linha principal. Aqui, encontras ovos cujas bestas que saem deles lutam ao teu lado. Seja na tua equipa ou nos adversários, facilmente reconhecerás estes monstros se jogaste os jogos Monster Hunter principais. Para as lutas, a Capcom criou um sistema de combate por turnos focado num triângulo de ataques, com privilégio uns sobre os outros. Tens de descobrir qual é o ataque que o adversário vai usar para escolher o ataque que tem vantagem. Nos momentos de confronto direto, o ataque com privilégio é o único que conecta, o que torna importante ter atenção aos ataques mais usados por cada monstro. O sistema é extremamente acessível pois é uma experiência casual, através da qual a Capcom tentou alcançar jogadores de diversas gerações. O remaster parece ter o mesmo objetivo, mas agora em mais plataformas, nas quais os mais recentes esforços Monster Hunter principais estão a ser lançados. Isto resulta num jogo que é facilmente compreendido e jogado por qualquer jogador, mesmo quem não joga habitualmente JRPGs por turnos. Monster Hunter Stories remaster Estúdio: Marvelous Editora: Capcom Plataforma onde o jogámos: PS5 Disponível para: PS5, PS4, PC, Nintendo Switch A própria história, focada num Rider (alguém que cavalga e luta com os monstros, não um Hunter que os caça), remete-nos para as animações infantis e adoráveis. É um jogo que tenta mostrar laços de amizade com os monstros, seja na narrativa como no gameplay, que permite montar os monstros para percorrer os cenários ou efetuar ataques mais poderosos nos combates. Com o aumento da resolução, melhorias gráficas, refinamento da experiência geral e a nova interface igual à da sequela, a Capcom torna este remaster num jogo com melhorias pertinentes sobre o original. Monster Hunter Stories remaster não consegue esconder que é um jogo pensado originalmente para uma portátil, com um design fragmentado, que resulta em frequentes loadings, mas a Capcom merece elogios pelos seus esforços na otimização e introdução de melhorias que o tornam satisfatório de jogar, até num ecrã 4K grande. Prós: Contras: Bom esforço de otimização Melhorias na interface Combate simples, mas divertido As melhorias gráficas não conseguem esconder a simplicidade visual Design fragmentado, com vários loadings Sem versão PS5, não tira proveito do Dualsense nessa consola

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Elden Ring: Shadow of the Erdtree – regresso ao extraordinário mundo aberto da FromSoftware

Shadow of the Erdtree marca um regresso ao extraordinário mundo aberto criado pela FromSoftware, aplicando todo o conhecimento acumulado para culminar numa versão ainda mais refinada. Esta expansão oferece uma jornada épica adicional, repleta de novos desafios, segredos e paisagens deslumbrantes. Elden Ring: Shadow Of The Erdtree está finalmente disponível, quase dois anos e meio após o lançamento do jogo base. Este lançamento prova mais uma vez a capacidade da FromSoftware para criar conteúdos especificamente destinados à sua fiel base de jogadores. Ao longo dos anos, o estúdio tem conquistado um número crescente de fãs, evoluindo de títulos destinados a um público restrito para projetos que atingem milhões. Com mais de 25 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, Elden Ring solidificou o seu lugar, e Shadow Of The Erdtree chega como um presente adicional para os fãs dedicados, trazendo novas aventuras e desafios. A dedicação do estúdio produziu frutos notáveis, traduzindo-se agora num DLC que enriquece ainda mais o já extraordinário jogo de base. Shadow Of The Erdtree é uma sequela direta, exigindo que os jogadores tenham progredido consideravelmente no jogo original para acederem ao novo conteúdo. Se encontrarem dificuldades na viagem, os jogadores podem contar com a vasta comunidade online que se dedica a explorar minuciosamente todos os pormenores de Elden Ring. Esta comunidade é uma valiosa fonte de conhecimento e pode ajudar a descobrir segredos essenciais que desbloqueiam a progressão, mantendo viva a tradição dos jogos FromSoftware de oferecer desafios complexos e gratificantes. Realm of Shadow Entrar no Realm of Shadow depois de tanto tempo é uma sensação verdadeiramente extraordinária. É como reencontrar um velho amor e embarcar de mãos dadas em mais uma aventura cheia de segredos e narrativas a serem desvendadas. Cada novo cenário oferece a oportunidade de ler nas entrelinhas, compreendendo a lógica e a semântica ocultas que, quando desvendadas, revelam enredos ricos e cativantes. A sensação de descoberta constante mantém a experiência fresca, como se o jogador estivesse a experimentar a magia de Elden Ring pela primeira vez. Ver no Youtube Esta expansão continua a linha sólida do mundo aberto criado para Elden Ring, introduzindo novas personagens, áreas inexploradas, bosses desafiantes e novas configurações de builds. A longa jornada oferecida por Shadow of the Erdtree justifica plenamente o tempo e o investimento. A FromSoftware merece elogios por manter a sua política de não cobrar por conteúdos adicionais extra, permitindo aos jogadores embarcar nas suas aventuras sem as amarras de microtransacções prejudiciais. Esta abordagem preserva a sensação de envolvência e a liberdade de exploração, possibilitando aos jogadores conquistar e descobrir novos mundos de uma forma orgânica e sem restrições artificiais. Reconheço que adorei a parte introdutória, que me transportou para um mundo épico de extraordinária beleza. A primeira área a explorar impressiona com uma estética sem precedentes, resultado de um trabalho artístico que nos deixa atónitos. Não tinha experimentado esta sensação no jogo base, e foi um enorme prazer poder apreciar pela primeira vez o “quadro” artístico meticulosamente pintado pelos talentosos artistas da FromSoftware. Todos os detalhes, desde a paisagem de cortar a respiração aos elementos arquitetónicos, efeitos de luz, a dança de cores, contribuem para uma experiência visualmente arrebatadora, mostrando o cuidado e a dedicação investidos na criação deste conteúdo adicional. Elden Ring: Shadow of the Erdtree Estúdio: FromSoftware Editora: Bandai Namco Entertainment Plataforma onde o jogámos: PC Disponível para: PS5, Xbox Series, PC Caminho para a perfeição Shadow Of The Erdtree é um aperfeiçoamento do já bem estabelecido Elden Ring, trazendo novos conteúdos que expandem e enriquecem a experiência de jogo. O DLC oferece uma vasta quantidade de novas áreas para explorar, cheias de segredos e desafios. Para além disso, vamos encontrar uma série de novos bosses e inimigos poderosos que vão testar as nossas capacidades ao máximo. Esta expansão não só prolonga a jornada épica, como também mantém o nível de qualidade e imersão que os fãs da FromSoftware tanto apreciam. Mas ainda há espaço para novas funcionalidades, a mais importante das quais é a forma como a nossa personagem progride em termos de capacidades. Embora a forma tradicional de subir de nível ainda esteja presente, foram agora adicionados dois novos itens. No Shadow Realm, é possível obter itens raros que conferem benefícios importantes, conhecidos como Scadutree Fragments e Revered Spirit Ashes. Sempre que os encontramos, temos de descansar num Site of Grace para aceder à nova opção de menu Shadow Realm Blessing, onde podemos aplicar os itens e receber os seus benefícios. As dádivas de ambos os itens ficam ativas ao mesmo tempo, eliminando a necessidade de escolher qual delas beneficiar. Para alcançar níveis mais altos da bênção, é necessário gastar mais itens, começando com um para os níveis iniciais e aumentando para três nos níveis mais altos. Vale a pena mencionar que, quando se regressa a Midlands, as dádivas deixam de estar ativas. Ver no Youtube Para além disso, o DLC introduz uma variedade de novas armas, feitiços e itens, enriquecendo ainda mais a experiência. A quantidade de conteúdo adicional é tão vasta e diversificada que nos faz sentir como se estivéssemos a explorar um jogo completamente novo, mantendo ao mesmo tempo o espírito do título original e acrescentando camadas de complexidade e diversão. Do ponto de vista técnico, Shadow of the Erdtree apresenta uma série de aperfeiçoamentos e melhorias com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos jogadores. Entre as novidades estão novos penteados que podem ser escolhidos durante a criação da personagem, utilizando o Clouded Mirror Stand ou a função Rennala’s Rebirth. Além disso, existe agora um Menu de Funções do Mapa, que facilita a navegação e a utilização dos recursos do mapa. A funcionalidade dos Summoning Pools foi alargada, permitindo a sua transferência para o NG+ e a ativação ou desativação de pools individuais no novo menu de funções do mapa. Além disso, o inventário recebeu melhorias, como a marcação de itens recém-obtidos com um “!” e a adição de um separador chamado…

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Razer Huntsman Mini – um teclado compacto e poderoso

O Razer Huntsman Mini é um teclado de 60% concebido para os jogadores que exigem o máximo em desempenho e portabilidade. Com o seu design compacto e os interruptores óticos de última geração da Razer, o Huntsman Mini foi concebido para uma combinando de rapidez, precisão e satisfação. A sua construção robusta e características técnicas destinam-se a uma durabilidade elevada e a uma resposta tátil que procura satisfazer as necessidades dos jogadores, colocando-o como uma escolha adequada para quem procura um dispositivo eficiente e fácil de transportar. Os switches óticos utilizados no Razer Huntsman Mini são muito rápidos, sem latência percetível, permitindo reações instantâneas ao que está a acontecer no ecrã. Isto é particularmente útil para jogos que exigem reflexos rápidos e precisão. Além disso, de acordo com a Razer, estes interruptores têm uma longa vida útil e são duráveis, suportando até 100 milhões de cliques. Esta durabilidade garante que o teclado mantém um desempenho consistente ao longo do tempo, mesmo com uma utilização intensa. A tecnologia ótica também reduz o desgaste físico dos componentes, resultando numa maior fiabilidade e menor necessidade de manutenção. Personalização, agilidade e precisão O Huntsman Mini possui iluminação Razer Chroma RGB totalmente personalizável, permitindo aos utilizadores criar efeitos de iluminação únicos que combinam com a sua configuração. Esta caraterística acrescenta uma extensão estética ao equipamento, além de possibilitar a sincronização com outros dispositivos compatíveis com o Razer Chroma RGB, dando lugar a uma combinação de efeitos visuais coesa. “A consola PS5 liberta novas possibilidades de jogo nunca antes imaginadas. Desfruta de um carregamento de jogos quase instantâneo com um SSD ultrarrápido, envolvimento mais profundo com suporte para feedback háptico, gatilhos adaptativos e áudio em 3D**, bem como uma nova geração de jogos PlayStation® incríveis.” Image credit: PlayStation A estrutura compacta do Huntsman Mini é ideal para os jogadores que estão sempre em movimento. O teclado é leve e fácil de transportar, o que permite jogar em qualquer lugar. Além disso, o Huntsman Mini apresenta várias funcionalidades de personalização, como a criação de macros, a gravação de atalhos de teclado e o controlo da iluminação Razer Chroma RGB diretamente a partir do teclado, permitindo flexibilidade e comodidade para adaptar o equipamento às preferências individuais. Pequeno em tamanho, mas com compromissos Quem procura este tipo de teclado já está ciente dos compromissos envolvidos, uma vez que não tem muitas das teclas comuns dos teclados de maior dimensão. No entanto, é evidente que a escolha de um teclado deste tipo tem como objetivo o tamanho reduzido, ideal para uma utilização mínima e muitas vezes aplicado a jogos de competição para poupar espaço na secretária. Este modelo é especialmente bom para jogos FPS.

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The Rogue Prince Persia – O príncipe está de volta em novo formato

The Rogue Prince of Persia traz uma reviravolta interessante à fórmula clássica da saga, aliando gameplay fluido a viagens no tempo. Mas precisa urgentemente de mais conteúdos. Prince of Persia está a ter um ano em grande: após o lançamento de Prince of Persia: The Lost Crown no início do ano, a Ubisoft decidiu agraciar os jogadores com um outro título do icónico príncipe, mas com uma mecânica bastante curiosa que o distingue dos demais jogos. Tal como o nome indica, The Rogue Prince of Persia introduz a saga da Ubisoft ao género roguelite, com o protagonista a regressar ao início do jogo – uma área chamada The Oasis – de cada vez que sucumbe em batalha. Apesar de ter sido feito pela Evil Empire, o estúdio responsável por Dead Cells, o jogo possui ainda assim todos os ingredientes típicos de um jogo Prince of Persia, como parkour fluido, armadilhas abundantes e combate desafiante, com bosses poderosos a testarem as habilidades adquiridas. The Rogue Prince of Persia Estúdio: Evil Empire Editora: Ubisoft Plataforma onde o jogámos: PC Disponível para: PC “A consola PS5 liberta novas possibilidades de jogo nunca antes imaginadas. Desfruta de um carregamento de jogos quase instantâneo com um SSD ultrarrápido, envolvimento mais profundo com suporte para feedback háptico, gatilhos adaptativos e áudio em 3D**, bem como uma nova geração de jogos PlayStation® incríveis.”

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EA Sports F1 24 – velocidade, emoção, precisão e competição

EA Sports F1 24 chega com a temporada já em pleno andamento, mas ainda assim consegue apresentar uma proposta sólida. Com modos revistos e algumas adições, dá aquele alento para mais um ano de corridas a alta velocidade nas pistas virtuais da Fórmula 1. Contudo, é importante estar preparado para uma adaptação às novas físicas. EA Sports F1 24 traz mais uma temporada para a série, marcando mais uma entrada no calendário anual que já se tornou numa tradição entre os amantes da Fórmula 1. Este ano, apresenta modificações consideráveis nas físicas e no comportamento dos veículos, melhorias em vários modos de jogo, algumas pistas atualizadas e a remoção de características que não acrescentam nada ao pacote global. Com estas atualizações, EA Sports F1 24 pretende não só manter os seus fiéis seguidores, mas também atrair um público ainda mais vasto para o excitante mundo da Fórmula 1 virtual. De facto, estes lançamentos anuais tendem a tornar-se um pouco redundantes, com uma constante dança de conteúdos, pequenos ajustes visuais e a óbvia atualização das equipas e dos seus pilotos. É compreensível que, com apenas um ano pela frente, não haja espaço para mudanças radicais, mas este ano parece que a EA Sports/Codemasters encontrou tempo extra e decidiu apostar na redefinição da física e do comportamento dos carros. Esta opção não me agradou particularmente, estava à espera de uma mudança no sentido de tornar a condução dos carros agradável, mas ao mesmo tempo próxima da simulação, e a minha primeira impressão é que a tornaram um pouco mais “arcade”, ao ponto de redefinirem muita da abordagem do ano passado relativamente à afinação dos carros. Indo direto ao que é familiar: os modos multijogador, que não sofreram grandes alterações, regressam de forma óbvia e essencial. O modo “história” (Braking Point) voltou a desaparecer, e os supercarros foram retirados, algo que muitos questionaram o porquê de lá estarem. Temos o regresso dos habituais modos de treino, voltas rápidas, corridas entre outros. Esta edição é tão familiar em tantos aspetos que, por vezes, nem parece um jogo novo. No entanto, quando as coisas estão bem, não é preciso remexer muito, e isso não é necessariamente uma coisa má.

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Paper Mario: The Thousand-Year Door – Um clássico GameCube com arestas por limar

Paper Mario: The Thousand-Year Door transpira charme em cada bloco de papel e cartão, com múltiplos segredos, combates e puzzles ao virar de cada esquina; mas backtracking absurdo e dificuldade baixa estragam a experiência. A Nintendo adotou uma abordagem muito curiosa para a sua Nintendo Switch, usando a consola como um veículo para introduzir vários jogos clássicos, muitos deles perdidos no tempo, a uma nova geração de jogadores. Fê-lo com Pokémon, com Metroid, com The Legend of Zelda, entre muitos outros, e agora chegou a vez de Paper Mario entrar (quase literalmente) em palco. Paper Mario: The Thousand-Year Door foi inicialmente lançado em 2004 para a GameCube, tornando-se num hit instantâneo e posicionando-se como um dos melhores jogos de toda a saga. Agora, chega à Switch numa versão remasterizada em que um jogo já de si bonito adquire proporções estéticas absolutamente divinais! Na antevisão que escrevi há alguns dias, relativas aos primeiros capítulos que joguei do jogo, não consegui esconder a minha admiração face àquilo que a Nintendo produziu, apelidando o projeto de um possível novo triunfo; os diversos mundos, personagens e inimigos feitos em papel e cartão são irresistíveis, revestidos de um charme que nem sempre vemos noutros jogos Super Mario. De florestas a ilhas, comboios à lua, todos os mundos desenrolam-se à tua frente numa explosão colorida de origami que aquece o coração de uma maneira que só a Nintendo sabe fazer. O clássico da GameCube mais bonito do que nunca Tratando-se de um RPG, as mecânicas do jogo são fundamentalmente diferentes quando comparadas aos jogos “principais” de Super Mario, com um foco muito mais apertado na história. Tudo começa na caótica cidade de Rogueport, um antro de bandidos e malfeitores, construída sobre as ruínas de uma outra cidade que pereceu num evento cataclísmico; no entanto, nas profundezas de Rogueport, é possível encontrar uma misteriosa porta que, de acordo com lendas, poderá esconder um gigantesco tesouro. De maneira a abrir esta porta, é necessário obter sete Crystal Stars que estão espalhadas nos diversos cantos do mundo, cada uma transportando-te para um “bioma” distinto e construído em redor de um determinado tema, com diferentes personagens e pontos de interesse. Em termos de escala, estamos perante um jogo gigantesco que te transporta pelas mais diversas paisagens: nunca sabes o que te espera no capítulo seguinte, e a Nintendo mostra um engenho e imaginação incríveis. Image credit: Nintendo Ao contrário da narrativa tradicional dos jogos Super Mario – que incumbe o jogador de salvar Peach – a história em Paper Mario é ligeiramente mais complexa, misturando vários fios condutores. Sim, teremos de salvar a Peach (como não podia deixar de ser!) mas existem outras histórias a decorrer em simultâneo que acabarão por se cruzar: algumas a envolver Bowser, outras os vilões X-Nauts e até a própria Princesa! Existe uma quantidade assoberbante de texto, que te obriga a premir “A” repetidamente para seguir em frente, pelo que os fãs de experiências mais diretas poderão demorar a acostumar-se à natureza mais lenta do jogo. Paper Mario: The Thousand-Year Door Estúdio: Intelligent Systems Editora: Nintendo Plataforma onde o jogámos: Nintendo Switch Disponível para: Nintendo Switch A Nintendo nunca foi propriamente forte em termos narrativos e, apesar de alguns momentos mais ternurentos aqui e acolá, a tendência mantém-se em The Thousand-Year Door. O apogeu dramático do jogo é a história do Admiral Bobbery e da sua falecida esposa Scarlette, um momento bastante melancólico que jamais pensei experienciar num jogo Super Mario. Nenhum outro conseguiu atingir estas proporções, incluindo o próprio final do jogo: de uma forma geral, a história do jogo é bastante previsível e levada ao colo pelo charme irresistível do jogo. A embrulhar tudo isto, temos variadas secções de exploração, puzzles e combate à mistura, que perfazem a vasta maioria do jogo. Quem já jogou jogos Paper Mario no passado, como Origami King, já terá uma ideia mais concreta daquilo por que esperar: ao interagires com um inimigo, serás transportado para o palco de um teatro onde se iniciará um combate por turnos. Cada inimigo tem ataques, defesas e posicionamentos distintos, o que obrigará a uma gestão cuidada de todas as opções que o jogo oferece. …

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Monitor AOC Q27G4X – Ideal para quem quer gastar pouco dinheiro

Por mais dinheiro que invistas no teu setup gaming, jamais poderás usufruir dele a 100% sem um elemento muito específico: podes ter o processador mais rápido do mundo ou placa gráfica mais recente e poderosa, mas isso pouco importará se o monitor não os consegue acompanhar. Assim sendo, é sempre importante escolher um bom dispositivo, especialmente quando pretendemos jogar jogos multiplayer frenéticos onde cada fotograma da ação é essencial para o sucesso. A AOC estabeleceu-se como uma das principais marcas no mercado neste segmento, tendo lançado vários monitores de diferentes gamas, com características distintas e com públicos-alvo diferentes na mira. Lançado este ano, a AOC teve a amabilidade de nos disponibilizar um dos seus mais recentes dispositivos – o Q27G4X – e tenho trabalhado e jogado nele desde então (é literalmente o local onde estou a escrever esta análise!). Image credit: AOC Tal como temos vindo a ser habituados, a AOC tem mais um êxito em mãos, com o Q27G4X a oferecer uma relação qualidade-preço praticamente imbatível e que é cada vez mais difícil de encontrar nos dias que correm. Este monitor de 27 polegadas possui uma resolução 1440p com uma suave taxa de atualização de 180 Hz e ainda um tempo de resposta de 1 ms, preenchendo todos os requisitos até do gamer mais exigente.

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