The Mageseeker: A League of Legends Story – Ação e pixels

A Digital Sun regressa com mais um Action RPG cujo gameplay e dificuldade conseguem bons momentos. Confere um bom nível de apelo a uma experiência relativamente simples.

The Mageseeker: A League of Legends Story é o mais recente esforço da Riot Games para expandir o universo de League of Legends fora do popular MOBA, e mais um exemplar do qual se deve orgulhar. Tal como fez em Ruined King e futuramente com Song of Nunu e Convergence, a Riot aliou-se a alguns dos mais talentosos estúdios indie para combinar o seu ADN com o universo de LoL. Os resultados são empolgantes.

Com produção da Digital Sun, conhecida por Moonlighter,criou um Action RPG pixel art no qual combina a essência do seu jogo com o universo criado pela Riot Games. A combinação resulta muito bem. Nesta narrativa, que explora o lore em torno de Sylas e dos caçadores de feiticeiros, terás um novo olhar à região de Demacia, capaz de encantar os mais acérrimos fãs do MOBA que desejam ver explorado o historial destas personagens.

Mesmo para quem não acompanha LoL, The Mageseeker pode tornar-se num jogo muito interessante. A narrativa tem imenso apelo. Ver Sylas a escapar da prisão para começar a ajudar a resistência contra os caçadores de feiticeiros foi bem trabalhada pela Riot com a Digital Sun. Ao conciliar a narrativa criada pela Riot com o design que formulou para Monnlighter, o estúdio indie concilia um gameplay interessante apoiado por uma forte narrativa.

Um novo Action RPG pixel arte com design e gameplay simples, mas com mecânicas que equilibram dificuldade e acessibilidade de uma forma eficaz

Esta equipa espanhola desenhou The Mageseeker como um Action RPG no qual escolhes as missões a partir da base onde Sylas ajuda a resistência, com os níveis repletos de inimigos e mecânicas que aprofundam os alicerces do gameplay de forma a desafiar constantemente o jogador. Na base, podes adquirir melhorias ou feitiços com o dinheiro ganho, mas tens de salvar pessoas nas missões para expandir as habilidades desbloqueáveis.

Aqui, a Digital Sun conciliou a melhoria e gestão da base de forma mais simplificada com o gameplay nas missões (masmorras, se preferires). Ao entrar nas missões e completar os níveis, ganhas recursos e salvas pessoas, o que consequentemente te ajuda recrutar mais pessoas para a resistência, o que desbloqueia melhorias para o próprio Sylas. Resumidamente, és incentivado a explorar todos os cantos de cada nível e a cumprir as missões secundárias, quase como se fosse principais.

É nas missões que The Mageseeker realmente ganha apelo. O gameplay de ação não está criado para martelar freneticamente nos botões. Precisas de gerir os timings dos ataques e desvios devido aos tempos de animação, o que incute estratégia na ação. Podes começar um combo de ataque, mas se o inimigo já iniciou o seu movimento, ele vai-te acertar e, por vezes, isso poderá ser um enorme castigo. Repete imensas vezes esse erro e estás pronto para perder.

É essa dose de estratégia nos combates corpo-a-corpo, a gestão dos timings, e a necessidade de ler os movimentos dos adversários para saber quando atacar e escapar, que realmente nos conquistou. Existem diversos tipos de inimigos, repetidos exaustivamente ao longo dos níveis, que te obrigam a aprender os seus movimentos e timings para reagir em concordância. Além disso, há magias de vários elementos e, se atacares com o elemento oposto ao do adversário, causas muito mais dano.

O design simples das masmorras poderá causar algum cansaço, tal como a repetição de inimigos, mas as boss fights e as mecânicas de ataque físico e feitiços divertem.

Tendo em conta que Sylas pode roubar magia, este elemento da gameplay dinamiza o combate porque tens de roubar magias constantemente para atacar os adversários de elemento oposto. Os combates são muito simples de aprender e dinâmicos, o que acaba por te agarrar e deixar com vontade de mais, ainda que a sua essência seja muito simples e repetitiva após as primeiras missões.

The Mageseeker também está repleto de bosses difíceis. É aqui que o combate alcança o seu expoente máximo. Decorar os padrões dos bosses, escapar, atacar no momento certo e com o número de golpes adequados é o segredo. Além disso, Sylas preenche a barra de feitiços com ataques físicos, uma dinâmica que te força a atacar para depois despoletar esses feitiços poderosos. Nos bosses, a gestão dos timings e o equilíbro entre atacar para encher a barra e escapar torna-se ainda mais divertido.

The Mageseeker é um jogo simples, mas divertido. Apesar de pegar numa experiência já existente, consegue saciar a vontade de conhecer mais deste universo através de experiências relativamente acessíveis. Sejas fã de LoL que deseja ver a história de Sylas explorada num jogo próprio, ou apenas adepto dos Action RPG pixel art, é uma proposta capaz de alcançar bons momentos, mesmo que não chegue ao patamar das maiores referências indie.

Prós: Contras:
  • Combate simples, mas com a dose certa de profundidade
  • Cenários pixel arte com bom apelo visual
  • Imensos momentos difíceis, especialmente as boss fights
  • O design poderá tornar-se repetitivo
  • Alguns loadings mais demorados
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