Rollerdrome review – Patins, armas, acção!

A Roll7 já demonstrou ser perita em transformar desportos radicais em jogos divertidos e desafiantes. Basta olhar para a série OlliOlli, que desde a primeira entrega até ao capítulo mais recente (OlliOlli World) conseguiu conquistar os fãs de skateboarding e não só com uma barreira de entrada baixa, mas complexidade elevada.

Com a sua bandeira já içada no skateboarding, e tendo em conta que OlliOlli World foi lançado há uma questão de meses, a Roll7 virou a sua atenção para outro desporto que, francamente, sempre teve pouca representação no mundo dos videojogos. Rollerdrome dá o merecido destaque aos patins de quatro rodas, mas tem um twist: tens que fazer truques enquanto disparas para inimigos e tentas desviar-te de balas e mísseis.

O estilo cel-shade aliado às manobras radicais dão-lhe uma graça semelhante à de Jet Set Radio, embora sejam jogos muito distintos. Rollerdrome combina com sucesso dois géneros: acção / tiros com desporto radical. A complexidade da jogabilidade vai aumentado ao longo dos primeiros níveis, que foram desenhados como tutorial, mas posteriormente há níveis muito desafiantes que requerem mestria da jogabilidade e mecânicas.

Testámos a versão para PC, na qual se recomenda o uso de comando. Ao jogar, é fácil perceber o porquê. O rato e teclado são considerados amplamente como melhor combinação para jogos de tiro, mas Rollerdrome tem uma assistência enorme para bloquear a mira nos adversários. Apontar torna-se assim secundário, ou tão fácil que nem tens de te preocupar com isso.

Um jogo desafiante, mas divertido

O desafio de Rollerdrome vem da quantidade de adversários e da dificuldade inerente a alguns deles nos níveis mais avançados. É um jogo em que pouco tempo tens para respirar devido à quantidade de coisas com as quais tens de te preocupar. Isto acontece porque tens que fazer uma gestão da munição e da vida de Kara Hassan, a protagonista.

Quando morres voltas a carregar rapidamente no botão para repetir, tal é a sensação de adrenalina e satisfação que a jogabilidade transmite

A munição máxima das armas (são quatro no total: duas pistolas, dois tipos diferentes de caçadeira, e um lança-granadas) é pouca. Para receberes mais munição, tens que fazer truques radicais no ar e nos corrimões / bermas das rampas. Há inimigos em que um carregador inteiro não basta para os derrotar. Podes também recuperar vida, mas para isso tens que derrotar um adversário.

Em Rollerdrome tens que estar sempre em movimento e a fazer truques, aproveitando a mecânica de abrandar o tempo para disparar para os adversários enquanto estás no ar ou a fazer um grind. Em simultâneo, há que ter bons reflexos para evitar as balas de snipers, raios laser, mísseis com tracking, e minas. Há momentos em que o jogo é caótico. Ainda assim, quando morres voltas a carregar rapidamente no botão para repetir, tal é a sensação de adrenalina e satisfação que a jogabilidade transmite.

A longevidade é aceitável

Rollerdrome é um jogo unicamente single-player, ainda que à primeira vista possas pensar que tem multiplayer (não confundir com o Roller Champions da Ubisoft). Há duas campanhas para completar: a principal e uma segunda, chamada Out For Blood, que desbloqueias assim que completas o nível final da primeira campanha. O que sobressai da campanha Out For Blood é a dificuldade maior, os níveis são exactamente os mesmos.

No total, não deves demorar mais do que 8 a 10 horas para concluir as duas campanhas. Dito isto, cada nível / arena tem objectivos associados. Para progredires nas campanhas, há um número fixo de objectivos que precisas de concluir para avançar para as fazes seguintes, mas é possível concluir as duas campanhas com diversos objectivos por concluir. Se quiseres completar tudo a 100%, a longevidade aumenta ligeiramente.

Não há nenhum jogo como este

É cada vez mais difícil ter ideias originais, por isso Rollerdrome merece pontos extra. A combinação de um jogo de tiros numa arena de patins funciona às mil maravilhas. A jogabilidade e as suas mecânicas são altamente satisfatórias, combinando os aspectos de um jogo de desporto radical com elementos importados de jogos de tiros. E não esquecer a banda sonora, que baila em sintonia com a jogabilidade energética.

Rollerdrome está disponível a partir de 16 de Agosto pelo preço de 29.99€ para PC, PS5 e PS4.

Prós: Contras:
  • Uma combinação sem igual de dois géneros
  • Jogabilidade e mecânicas viciantes
  • Desafiante, mas satisfatório
  • Banda sonora electrónica que combina com o ritmo do jogo
  • Duas campanhas para concluir
  • Os desafios das arenas encorajam a jogar várias vezes
  • A palete de cores e decoração das arenas podia ser mais vibrante
  • O lock-on às vezes demora tempo a responder
  • Senti falta de personalização do fato e capacete
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